O princípio de tudo

A mensagem do Cristo é tão simples. É tão fácil de ser sentida e vivida, mas infelizmente alguns teimam em fazer guerra, em mover conflitos, em criar dogmas e regras. A mensagem do Cristo vem despida de alegorias. É direta e verdadeira. Ela nos fala direto ao coração. Nos faz refletir na nossa condição aqui nesse mundo e nos faz entender o porque fomos criados. O que Cristo quer de nós? Basta perceber à nossa volta. No nosso campo de relacionamentos. Percebo pessoas que freqüentam igrejas, templos e, infelizmente, não conseguem traduzir dentro delas essa mensagem. Continuam ceifando a hipocrisia, a divisão, a intolerância, o desamor. O por que disso? Porque os sentimentos do ódio, do orgulho, do egoísmo e da vaidade, ainda falam mais alto. Ainda ditam as regras de suas vidas. Observamos isso naqueles que "puxam" sempre pro seu lado. Quando o "lado" tem de ser o de Deus. E de que lado Deus está? Ao lado de todos. Indiscriminadamente. E Ele nos mostrou isso, através de seu filho, Jesus Cristo que, realizou o banquete entre os pobres e estropiados, que nos ensinou a não buscar os primeiros lugares, que rompeu com injúria do pecado, absolvendo e dizendo "vá e não peques mais". A grandiosidade dessa mensagem é única, verdadeira e simples. Pra entendê-la, é preciso nos despirmos das vestes do preconceito. O Papa Francisco traz essa mensagem estampada em suas atitudes. Exemplifica o que é ser Cristão de verdade. E o que é ser Cristão de verdade? É pertencer a determinado "time", "grupo", "comunidade", "templo" ou "igreja"? Ser Cristão é aprender a palavra, entendê-la e levá-la para sua vida diária. O Cristão verdadeiro é aquele que faz exatamente o que o Cristo quer. Respeita as pessoas nas suas escolhas, como Cristo respeitou. Leva sua mensagem de paz e de amor, sem pedir nada em troca, de forma desinteressada. Contribui com a paz do mundo, cultivando sua própria paz. O ápice da mensagem do Cristo é a simplicidade. É desprender-se dos valores mundanos e cultivar as coisas dos céus. É colocar-se no lugar do outro e cumprir sua máxima, "fazei ao outro o que gostaria que te fizesse". Eis o início de uma vida Cristã. Será que cumprimos isso? Até que ponto exigimos de nós mesmos e do outro que siga a nossa cartilha, o nosso pensamento, o nosso comportamento, como se fosse condição única pra vivermos em comunidade, subjugar o outro em prol de nossos caprichos? Não será isso muito culto ao ego? Quando o Cristo nos ensinou justamente o contrário? Ide! É simples e fácil isso! Somente é necessário na nossa bagagem, aquilo que Cristo veio ensinar, a base, o princípio de tudo: o amor!